Veja quais os itens que as pessoas mais mentem no currículo

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Nas últimas semanas, uma polêmica em torno do ex-ministro da educação Carlos Decotelli que nem chegou a tomar posse oficialmente por problemas com o currículo anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro. As inconsistências nos dados fizeram com que Decotelli enviasse uma carta de demissão cinco dias depois.

Mentiras no currículo apesar de ser totalmente inapropriado, é bem mais comum do que se parece, segundo Renata Motone, especialista em Recursos Humanos da Luandre, consultoria com 50 anos de atuação no mercado. Ela explica que é muito difícil que candidatos passem em entrevistas tão facilmente:

“Alguns chegam a mentir até na entrevista, mas é muito difícil que um profissional com experiência em recursos humanos não perceba”, disse.

Para Renata, o currículo é o item que depõe contra o concorrente na hora da entrevista, por isso, a especialista elencou itens que as pessoas precisam tomar cuidado na hora de inserir as informações:

Valor salarial

Há quem minta sobre o salário anterior como forma de se valorizar e tentar uma negociação por um valor maior no próximo emprego. Renata aconselha a não fazer isso porque há uma média salarial para cada cargo e quem seleciona sabe disso.




Idiomas

“Fluência em língua é outra mentira frequente”, diz Renata da Luandre — “a questão é que na primeira prova escrita ou entrevista oral já se nota a diferença entre o real e o que se conta no currículo”. Ela aconselha a ser claro quanto às habilidades linguísticas, afinal, há vagas em que não é necessário o inglês.

Voluntariado

Muitos querem impressionar e acreditam que adicionar experiência como voluntário em causas sociais vai facilitar a contratação, mas não passam autenticidade na entrevista. “A estratégia em vez de contar pontos, joga contra”, esclarece Renata, que acrescenta que este não é um fator decisivo na maior parte dos casos e, portanto, só deve constar no currículo se, de fato, o candidato puder contribuir para a empresa com sua real vivência como voluntário.

Universidade

Como forma de status, candidatos mentem sobre a universidade em que se graduaram ou falam sobre MBAs, doutorados e outros títulos que não têm efetivamente. Há cargos que exigem formação específica, mas o importante é poder comprovar o conhecimento — “onde o candidato cursou a faculdade não é um ponto decisório, experiência e conhecimento contam mais”.



Demissão

Não existe problema em dizer que foi demitido. É algo até considerado normal e pode acontecer por uma série de razões. O que se deve evitar é falar mal da empresa anterior, mesmo que a demissão não tenha sido amigável. “Tentar atacar o antigo empregador só gera dúvidas ao selecionador sobre o caráter do candidato. O melhor é ser direto e sutil sobre o motivo da demissão”, aconselha Renata.